sábado, 30 de junho de 2007

Padrões de consumo de notícias online



A Akamai, um empresa de consultoria para negócios online, oferece um serviço que monitora o consumo de notícias em qualquer parte do mundo. Trata-se do Net Usage Index for Advertising que permite acompanhar 24 horas por e sete dias por semana os padrões de consumo de notícias.
Nos dois gráficos acima, temos representações do consumo de notícias na América do Norte e América do Sul. Além da diferença em números de visitantes por minuto, é interessante notar também que os horários dos picos de acesso são diferentes. Enquanto na América do Norte o pico de consumo situa-se ao redor das 15h., na América do Sul ele se desloca para as 17h.
Os usuários que adquirem o serviço têm acesso a dados sociológicos e geográficos detalhados do consumo.

Via GJOL

Coisas que não acontecem na mídia brasileira

Uma apresentadora de televisão do canal a cabo americano MSNBC se negou a ter como notícia principal de seu programa uma história sobre Paris Hilton, alegando que estava cansada da cobertura da imprensa à polêmica patricinha de Hollywood.

Mika Brzezinski rasgou a pauta e a colocou em uma máquina de triturar papéis na manhã de sexta-feira, depois que seus editores pediram que usassem uma informação sobre Paris Hilton como a principal de seu telejornal.

"Escutem, simplesmente não acredito na cobertura desta história, e muito menos como nota central em um noticiário quando se tem um dia como hoje", disse Brzezinski.

Via AFP

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Fim dos jornais impressos?

Que a Tv é a mídia mais procurada todos já sabem, e que o rádio vem logo em seguida idem. Porém, a grande surpresa é a internet superou os jornais impressos em número de leitores.

Os dados são da pesquisa nacional realizada pelo Instituto Sensus sobre os meios de difusão de informação para a massa. Segundo a pesquisa, a tevê é meio mais procurado com 69,3%, o rádio ocupa a segunda posição com 14% e a internet registrou 9,4%. Os jornais impressos somaram apenas 5,4% e a revistas, 0.9%.

Lançado o jornal "Bahia Notícia"

O novo jornal de Salvador, o "Bahia Notícias", foi lançado hoje (dia 28), no restaurante Barbacoa, com a presença de jornalistas, artistas, publicitários e empresários. O jornal terá tiragem de 50 mil exemplares e será distribuído gratuitamente sempre às sextas-feiras e sábados nas estações de transbordo, postos de bandeira BR, principais cruzamentos da cidade, e nos bairros populares.

De acordo com o jornalista e diretor do órgão, Ricardo Luzbel, o jornal "Bahia Notícias" nasce como uma tribuna livre para que o leitor possa apresentar às autoridades públicas e aos demais segmentos da sociedade seus anseios e as suas reivindicações. A primeira edição publica uma ampla entrevista com o prefeito João Henrique.

O foco do jornal será o público das classes mais baixas, ou seja mais um jornal presepeiro na Bahia.Em breve, uma análise do Bahia Notícia.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Abertas inscrições para V SBPJor

As inscrições para o V Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo estarão abertas até o dia 30 de outubro. Todo o processo será feito através de sistema on-line disponível em http://www.sbpjor.ufsc.br/5sbpjor.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Fotojornalismo no Google News

O Google News está testando uma versão que apresenta as notícias através de fotos. Ao passar o mouse sobre uma foto, um resumo da notícia se abre na coluna de texto à direita. Clicar na foto leva o usuário ao texto completo.
É possível também fazer buscas por assuntos, que resultam em novas páginas com fotos.
Por enquanto o serviço está disponível apenas para as páginas do Google News dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e China.

Experimente navegar pela versão norte-americana do Google News Images.

Via GJOL

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Mídias alternativas são as melhores

O Troféu Dia da Imprensa revelou um dado positivo: a audiência escolheu os veículos alternativos. Foram quase 20 mil votos do público enviados à revista Imprensa, organizadora do Troféu.

Na categoria “hard news”, a agência Carta Maior obteve 64,05% dos votos e ficou com o troféu, vencendo a Agência Estado, com 21,56% dos votos, G1 (da Globo) com 5,66% e Uol News, com 4,96%.

Na categoria melhor revista semanal, a vencedora foi a revista independente Carta Capital, que teve 75,01% dos votos. Venceu nada menos que a Veja, que ficou em segundo com apenas 18,69%, vindo em terceiro a Época, com 3,79%.

Entre os blogues jornalísticos, ficou em primeiro lugar o blogue do jornalista Luís Nassif, que produz sua página sem vínculos com empresa de mídia. Ele teve 65,85% dos votos, e o segundo lugar foi Ricardo Noblat, do Globo Online, que teve 21,07% da preferência.

Via Agência Pulsar

Sobre o Encontro Nacional de Comunicação

1 - CARTA ABERTA AO PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

É notória a importância da comunicação na formação de valores e opiniões, no fomento e na produção das culturas e nas relações de poder. Por isso, a compreensão da comunicação como um direito humano é condição fundamental para que este processo social seja voltado à promoção da emancipação de homens e mulheres, na consolidação de uma efetiva democracia e na construção de um País justo e soberano.
No Brasil, ainda há um grande caminho a percorrer para que a comunicação cumpra este papel. O modelo vigente é marcado pela concentração e a hipertrofia dos meios em poucos grupos comerciais, cujas outorgas são obtidas e renovadas sem controle da sociedade e sem critérios transparentes. O predomínio da mídia comercial marca também a fragilidade dos sistemas público e estatal, que só agora estão entrando na pauta de preocupação de Estado com o debate sobre a criação de uma rede pública de televisão. Este quadro vem sendo mantido pela ausência do debate e pela exclusão do interesse público na elaboração e aprovação das políticas públicas e de regulação que organizam a área. Historicamente, as decisões relativas à comunicação no Brasil têm sido tomadas à revelia dos legítimos interesses sociais, quase sempre apoiadas em medidas administrativas e criando situações de fato que terminam por se cristalizarem em situações definitivas.
A necessidade de corrigir tais distorções históricas emerge justamente na hora em que a convergência digital torna cada vez mais complexo o processo de produção, difusão e consumo das informações. Frente a isso torna-se urgente a redefinição de um novo e legítimo marco institucional para as comunicações, haja vista que a legislação para as comunicações carecem de revisão seja pela necessidade de sua atualização, seja por falta de regulamentação específica dos princípios constitucionais ou, ainda, por sua inadequação à noção da comunicação como direito humano e social.
Isso inclui o debate sobre a comunicação em toda a sua complexidade, envolvendo todos seus setores, bem como a interface destas áreas com a cultura, a educação, a saúde, as tecnologias e a cidadania. Ressaltamos aqui que não se trata apenas da reflexão sobre os meios, a cadeia produtiva e os sistemas, mas sim, das diversas formas pelas quais o conteúdo, enquanto conhecimento, cultura, lazer e informação - inclusive comercial -, são produzidos, difundidos, assimilados e usufruídos pela população.
Diante de todos estes pontos, nós, parlamentares, pesquisadores, trabalhadores e representantes dos movimentos sociais e de entidades voltadas à democratização da comunicação, presentes ao Encontro Nacional de Comunicação, convocado pelas comissões de Ciência Tecnologia, Comunicação e Informática e de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, vemos na realização da Conferência Nacional de Comunicações - legítima e democrática - a oportunidade concreta para enfrentarmos este debate.
A Conferência Nacional de Comunicações pode constituir um marco histórico de mudança da relação passiva da população com a mídia, significando uma inflexão no histórico de baixa abertura do Estado brasileiro à participação social na elaboração, acompanhamento e avaliação das políticas públicas para o setor.
Para que a Conferência cumpra este papel, é fundamental que ela se constitua como processo e inclua, entre outras coisas:

A sua incorporação como compromisso dos poderes da República, especialmente do Executivo Federal com todos seus órgãos relacionados ao setor; bem como o Congresso Nacional, o Judiciário e o Ministério Público;
A adoção do princípio da ampla e democrática participação como forma de trazer as contribuições das mais várias representações da sociedade organizada para o debate da Conferência;
O mais amplo envolvimento da população através da realização de etapas estaduais e regionais antes da etapa nacional;
A inclusão da sociedade civil no processo de organização da Conferência, garantindo inclusive meios materiais para esta participação; e
O compromisso de, a partir do debate com métodos democráticos, construir linhas gerais para um novo momento nas políticas públicas para as comunicações; entendendo que qualquer mudança substancial nas políticas vigentes deva ser feita somente a partir das deliberações da Conferência.
Tais preceitos não são uma novidade resultante de elaboração deste Encontro Nacional de Comunicação, mas a reafirmação de formatos de construção que vêm marcando a realização das conferências promovidas por este governo. Já no caso da comunicação, estranhamos o anúncio do Ministério das Comunicações sobre a realização de um evento que está sendo chamado de "conferência nacional" já para o mês de agosto de 2007. O caráter sinalizado pelo Minicom contrasta com os procedimentos adotados por este governo em outras conferências, pois inviabiliza a construção democrática e a organização de etapas prévias estaduais e regionais preparatórias que garantam a legitimidade da Conferência Nacional de Comunicações.
Esperamos que a coerência e o respeito às experiências relativas às conferências sejam a tônica da construção deste processo no setor da comunicação. Do contrário, este governo corre o risco de promover aparentes processos democráticos enquanto perpetua o alijamento dos cidadãos brasileiros da definição sobre os rumos deste instrumento fundamental à democracia em nosso País.

Encontro Nacional de Comunicação:
na luta por democracia e direitos humanos
Brasília, 22 de junho de 2007

Cristovam Buarque surge na blogosfera


Cristovam Buarque (PDT) foi o primeiro senador da República a lançar um blog oficial de seu mandato. O senador blogueiro levanta, assim como na sua candidatura à presidência, a bandeira da educação pública de qualidade. O próprio lay-out do blog, como um mural e uma folha de caderno mostra isso.


O blog do senador ainda traz, além da sua agenda de compromissos, como senador, intlectual e cidadão, as ações realizadas por seu mandato, arquivo de clipagens de notícias sobre o senador, artigos, discursos, entrevistas, textos publicados e enquetes.


O surgimento deste blog mostra o que pode ser uma tendência: a participação de políticos na blogosfera. O chato é que boa parte deles já dominam, de uma forma ou de outra, os meios de comunicação digamos "convencionais" e agora partem para publicações no alternativo, neste caso, a internet.


O Blogo do Cristovam já possui cerca de 2 mil aceesos por dia e desde o início deste mês pode ser conferido através do Portal IG

No entanto, o que mais devemos ter é um senso crítico cada vez mais apurado para o que se lê na internet. A livre produção de conteúdo nos exige isso, agora, ainda mais com a participação dos políticos brasileiros...

domingo, 24 de junho de 2007

Ministro pede faxina nas rádios comunitárias

"Precisamos de uma grande faxina nas rádios comunitárias". A declaração foi do ministro Franklin Martins, durante o Encontro Nacional de Comunicação - ENC, realizando na Câmara dos Deputados nos dias 21 e 22 de junho. O evento integra os preparativos da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que ocorrerá somente no ano que vem para debater, entre outros a democratização da comunicação no Brasil.
"Temos rádios comunitárias que são comunitárias e funcionam legalmente, outras funcionam ilegalmente. Temos aquelas que não são comunitárias, são na verdade comerciais que funcionam legalmente, e tem essas que não são comunitárias que funcionam ilegalmente”, disse o ministro.
O sistema de radiodifusão, principalmente, as rádios comunitárias é o calcanhar de Aquiles na área comunicacional do governo Lula.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

243 jornalistas se exilaram desde 2001

243 profissionais da imprensa tiveram que se exilar para fugir da violência e ameaças de morte em seus países desde 2001. Os dados são do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ).
Segundo o estudo entre as causas do exílio constam: ameaças de violência ou morte, prisão e assédio resultante da prática jornalística. Outra constatação foi que apenas 30% dos exilados continuam trabalhando na área em novos países.
Colômbia, Zimbábue, Etiópia, Eritréia e Uzbequistão são os cinco maiores responsáveis pelo exílio. Reino Unido (24), Quênia (21), Canadá (20) e Estados Unidos (7), são os maiores acolhedores.

O Estudo completo pode ser visto aqui


Este post vem do GJOL.

Já está disponível on-line - e para vendas on demand a €25,00 - o livro-coletânea Jornalismo Digital de Terceira Geração, que reúne artigos apresentados durante as “Jornadas Jornalismo On-line.2005: Aspectos e Tendências”, que organizei durante o período do estágio-sanduíche na Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã/Portugal.
Além dos textos dos seis participantes das jornadas: António Fidalgo, Anabela Gradim, João Canavilhas (UBI); Concha Edo (Universidad Complutense de Madrid); Jim Hall (University College Falmouth); e Suzana Barbosa (Universidade Federal da Bahia), o livro agrega mais duas importantes contribuições produzidas pelos pesquisadores Elias Machado (Universidade Federal de Santa Catarina), Marcos Palacios (Universidade Federal da Bahia) e Paulo Munhoz (Centro Universitário, FIB).
Os artigos abordam aspectos que refletem a evolução do jornalismo digital em seu estágio denominado como terceira geração, indicando, por outro lado, algumas tendências do que poderá se consolidar como uma quarta fase de desenvolvimento para esta modalidade jornalística.
Para o download (gratuito) do livro, acesse o site do Labcom Books.

Suzana Barbosa

Mesmice ?

A matéria "Comentário: YouTube brasileiro reproduz TV aberta em seu primeiro dia", do Editor-assistente de Ilustrada da Folha Online, Diógenes Muniz, sustenta que os usuários da internet buscam pelo mesmo conteúdo de quando estava acomodado em frente à TV.
Como exemplo, cita que "Dos 40 vídeos mais acessados por internautas brasileiros na estréia da versão nacional do site, cerca de 30 são relacionados ao conteúdo produzido pelas emissoras de TV aberta do país" e concluiu: "No entanto, em seu primeiro dia de brasilidade, o YouTube não mereceu ser aportuguesado para VocêTubo --foi, no máximo, o tubo de sempre".
Após ler a matéria, só resta o seguinte comentário: O que leva os usuários a acessarem o You Tube e escrever na busca "Faustão", "Altas Horas" e demais programas televisivos?
Será a histórica influência da TV sobre a construção da realidade social? ou será que a mesmice encontram-se também na audiência?

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Rede Bahia acorda para o jornalismo presepeiro

A Rede Bahia finalmente acordou para a prática do jornalismo de presepada. Acostumada a perder audiência para programas que fazem este tipo de jornalismo, como Se Liga Bocão e Balanço Geral, a rede lançou nesta quarta-feira (13), o programa Fala Bahia, que irá ao ar pela TV Salvador, de segunda à sexta, das 13h às 14h. O programa também será exibido pela rádio Bahia FM, das 18h às 19h, nos mesmos dias.

Quem apresenta os programas é o ex-vereador Emmerson José, que é jornalista de longas datas da Tv Bahia. A presença dele na nova programação me faz crer que o Fala Bahia será uma versão melhorada destes programas denuncistas e presepeiros do meio-dia e que contam com a participação massiva do povo, como o apresentador destaca. “Nesse programa, quem manda é o público. O povo vai participar por telefone, por e-mail, por carta, vai entrar ao vivo no programa. A participação popular é fundamental”.

Emmerson José ainda ressalta a importância de experiência política vivida por ele na Câmara para conduzir o programa. “Este tempo em que estive fora do ar, em um cargo público, me deixou mais maduro, mais conhecedor da alma do povo baiano. Isso vai facilitar o meu trabalho e de minha equipe”.

Porém, o que fica claro é que a Rede Bahia não só despertou para esta prática, como só agora se sente à vontade para realizá-la. O certo é que não seria possível fazer este tipo de jornalismo “boxe”, que só bate e abre poucos espaços para respostas, sendo que boa parte dos governos municipais e o governo estadual estavam atrelados ao grupo carlista que rege a rede. Com a mudança na configuração política do estado, a midiática também se transforma, claro.

O programa também tem outra função que acredito ser uma das mais importantes para o seu nascimento: reaproximar o povo da Rede Bahia. Este jornalismo presepeiro, quando mostra a dor do povo e coloca-o na Tv para explanar seus problemas, ganha confiança. No caso da Rede Bahia, esta confiança pode, aos poucos, superar o descrédito que se resume na truculência vivida pela jornalista Raquel Porto Alegre, quando do retorno de Luiz Caetano.

A jornalista foi agredida por militantes do PT, porém ainda não se sabe quem começou a provocação, se a jornalista, mostrando os dedos ou se os militantes entoando o hit tradicional de oposição: “TV Bahia, mentira todo dia”.

Se as minhas previsões se realizarem, perde o povo e perde o jornalismo baiano....

Assista à matéria de lançamento do Fala Bahia

Prefeito de Salvador censura propaganda da revista Metrópole

O prefeito de Salvador, João Henrique (PDT) mandou retirar das ruas da cidade os outdoors de lançamento da Revista Metrópole, atrelada à Radio Metrópole, a mesma que em 2004 o pedetista, numa atitude "Chavista" tentou retirar do ar por causa de um embate com o radialista Mário Kertész. João Henrique não ficou satisfeito com a arte de capa da revista que traz sua imagem com algo vermelho no nariz e a seguinte chamada: A cidade no buraco - Salvador afunda em dívidas, lixo e bagunça.

Mário Kertész garantiu hoje (quarta-feira,13) que os 30 mil exemplares da revista, de distribuição gratuita irá para as ruas. Em seu jornal matinal, o Jornal da Bahia no Ar 1ª Edição, o radialista exibiu repúdios emitidos por personalidades políticas, como o deputado federal ACM Neto e até de aliados do prefeito, como o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB).

Em nota no site da Rádio Metrópole, Mário Kertész diz que "nós ficamos com o Paulo Francis: "Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida".

A nota ainda traz as polêmicas fotos dos outdoors e da capa da revista, além de vídeo da empresa contratada pela Prefeitura de Salvador para retirar o material publicitário.

Tv Itapoan inaugura News-room Norte Nordeste


A Tv Itapoan, primeira emissora de televisão do Estado e filiada a Rede Record, lançou nesta segunda-feira (11) o News -room - Record Norte-Nordeste. O News-room mixa o ambiente redacional com o estúdio de apresentação dos telejornais, dando maior interatividade entre os dois e também um clima de notícia instantânea para o telespectador.

Porém o mais importante não é só o visual e a rapidez com que as notícias chegam ao estúdio, mas a importância de termos no nosso estado, um pólo produtivo de notícias, que representa duas grande regiões (N e NE) e que pela primeira vez foge do eixo Sul-Sudeste.

Ainda não se sabe se a atitude da emissora, que trava batalha com a Vênus Platinada pela liderança de audiência é conquistar, com notícias regionais, essa liderança, ou se realmente ela exibirá um novo paradigma que coloca as regiões Norte e Nordeste como importantes nascentes de notícias. A expectativa gerada também entorno disto é que a visão estigmatizada das duas regiões sejam quebradas, mostrando como elas como realmente são.

Veja mais informações no blog da Tv Itapoan


domingo, 10 de junho de 2007

O PT, a greve dos professores e a mídia, ou seja: cerveja!

Lembra daqueles discursos favoráveis as greves? Apois, o PT, a cada dia que passa e novo governo que assume, joga sua história e bandeiras no lixo.

O mais novo exemplo é a greve dos professores da rede pública da Bahia, Estado governado pelo Jaques Wagner (PT). A luta dos docentes já duram um mês, sem avanços nas negociações.

Grevistas firmes na mobilização

A proposta de aumento salarial do governo petista é de apenas 4,5%, enquanto a reivindicação da categoria pede 17,28%. O PT utilizou a estratégia de conceder o aumento de 17,28% apenas aos níveis 1 e 2, que representa 36% da classe, na clara tentativa de rachar o movimento. Contudo, bem articulado, os grevistas não aceitaram a proposta escrota de Jaques Wagner e mantiveram a greve.

Se antes PcdoB e PT marchavam juntos na defesa da educação baiana e denunciavam o desmonte das escolas públicas, agora os petistas pedem prisão até de líderes sindicalistas (o professor Rui Oliveira, presidente da APLB, sindicato dos professores baianos é filiado ao PCdoB). Uma decisão do juiz da 5a Vara da Fazenda Pública, Ricardo D'Ávila, determinou a suspensão da paralisação e retorno imediato às salas de aula, sob pena de multa diária de R$ 20 mil. Segundo a Agência Globo, o governador pediu também a prisão do coordenador do sindicato, que precisou entrar com um recurso para continuar em liberdade.

Ex-sindicalista, Wagner pede prisão de seus companheiros

A mídia e a greve

Já é um clichê afirmar que a mídia sataniza os movimentos sociais, ainda mais em épocas de greves, ocupações e mobilizações.

Separei uma entrevista, realizada pela Tv Bahia, com o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira e o secretário da Educação da Bahia, Adeum Sauer.

Equipe jornalística do Jornal da Manhã

O debate foi realizado no Jornal da Manhã. Estranhamente, o secretário estava no estúdio do programa, bem vestido, sentado, o que representa seriedade e status, na perspectiva de um poder simbólico. Já o sindicalista, encontrava-se rua, em frente ao Colégio Central (que já fora um dos mais importantes do Estado, tendo como aluno ilustre há décadas atrás o coronel ACM).

A questão imposta pela mídia é sempre a mesma: Quando os professores irão retornar as aulas?

O debate ocorre sob esta lógica: o discurso do secretário enfatizando que até o impossível está sendo feito para solucionar o entrave e o sindicalista questionando as irregularidades do poder público e a caótica realidade dos funcionários públicos. Os movimentos sociais quando aparecem nos media é sempre para "se explicar", enquanto o poder público "explica a situação".

Contudo, cabe um pequeno grande detalhe. A Tv Bahia, cujo dono é o cacique ACM, mediou uma nova relação: o governo atual, não pertence ao circulo de poder e controle do patrão. Com isso, o veículo em questão, trava uma batalha contra dois "inimigos": o governo petista e o movimento social. Contra o secretário, que representa o governo, o Jornal da Manhã utiliza os argumentos da categoria e esta constantemente é questionada: quando vocês irão voltar as aulas?

No final, ouve-se a pergunta do "jornalista" ao secretário:

- O senhor sentaria hoje para negociar o fim da greve?

Não vou acusar de burrice o tal "jornalista", porque sei do seu potencial. A pergunta-bomba foi intencional objetivando mostrar ao público que o atual governo não tem poder de acabar com uma greve que "prejudica 1 , 2 milhão de estudantes em todo Estado", ainda mais que o secretário, que curiosamente tem como sobrenome Hilário, quase embola a língua ao tentar responder tal questionamento.

Cabe destacar, que o secretário afirmou durante toda a entrevista que foi montado uma estratégia para negociar com os grevistas (diversas mesas, como pode-se ver/ouvir na entrevista). Mas, nesta batalha, a mídia venceu ao criar as imagens:

O secretário não sabe nada e o governo não consegue acabar a greve.

Os professores só pensam em seus salários, nem ligam para os 1, 2 milhão de estudantes que estão sem aula a um mês.

E a situação da educação baiana?

Pergunta que poderia ser feitas pela filhote da vênus-platinada...Mas...

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Agência Jornalística Mercosul tem sua redação saqueada

Este post vem da denúncia feita pela ADIN.
Segundo a Agência, no último domingo (03), vândalos não identificados assaltaram a Faculdade de Jornalismo da UNLP (Universidade Nacional de la Plata) e os escritórios de sua Agência Jornalística Mercosul.
Não se sabe ainda a origem do ato criminoso, porém é certo que o saque é resultante da postura independente que com que a Agência Jornalística Mercosul - AJM vem abordando as questões sociais na Argentina. Contudo,
"continuaremos cumprindo com nosso compromisso informativo, por um país democrático, livre e justo e por uma América Latina independente dos poderes hegemônicos", afirma o editorial da AJM.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

RCTV via YouTube

E a crítica à Hugo Chávez continua via YouTube. Após perder a concessão pública, a RCTV opera agora via Web.

Eu consegui contar 40 vídeos inseridos pela rede no YouTube. É quase unânime a cobertura anti-Chávez, bem como no espaço destinado ao debate, a oposição utiliza para defenter suas teses e denunciar o o governo de Chávez, que classificam como uma “ditadura popular”.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo “A afiliada da RCTV na Colômbia, TV Caracol, também concordou em transmitir uma edição noturna do “El Observador” por meio de seu sinal internacional, de acordo com a CNN”. A rede também está na tentativa de transmitir via cabo.

Dito isso, cabe dois comentários. Primeiro, o fato de Chávez não renovar a concessão revela o projeto hegemônico que tenta implementar na Venezuela. Em um artigo, Muniz Sodré sustenta que o nome do jogo em Caracas “é a imposição dos valores que enquadram os interesses da cidadania e concorrem para a direção moral e intelectual da sociedade. Em outros termos, é a dominação por consenso.”

Em outro trecho argumenta:

A hegemonia buscada por Chávez passa pelo estabelecimento de uma mídia oficialista, cujo ponto de partida deu-se em dezembro passado. Até agora, desapareceram duas emissoras privadas na esfera do circuito aberto televisivo: a CMT e a RCTV. A primeira, sem grande importância, devido à sua cobertura limitada. A segunda, a mais antiga e a detentora da maior audiência nacional, dá lugar à fundação governamental Televisora Venezolana Social (TVes), que preconiza emissões de natureza educativa”

Já a RCTV, delicia-se com as possibilidades e características anárquicas da Web. Cada um colocar o que quer (respeitando algumas regras é claro) e quem procura acha. Porém, falta a rede e a grande parte da mídia mundial, entender que a Internet não é apenas um meio. Suas característica podem e devem gerar uma nova narrativa jornalística e novos padrões de produção e veiculação de conteúdo.

Do ponto de vista jurídico-administrativo, Chávez está repleto de razão, uma vez que compete ao Estado venezuelano a administração do espectro radioelétrico. Contudo, é uma decisão política objetivando dominar pelo consenso.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

La otra Campaña - El Ejército Zapatista de Libertación Nacional


O Exército Zapatista de Libertação Nacional - EZLN é um ótimo exemplo de como as inovações tecnológicas remixam a cultura de quaisquer povos. Este grupo revolucionário da região montanhosa de Chiapas no México e que combate a exploração de seu povo pelos Estados Unidos, há cerca de 13 anos não dispara uma única bala. Sua arma: A mídia, principalmente a internet.

Os zapatistas, que têm como base a revolução liderada por Emiliano Zapata, estão reconfigurando a forma de fazer política. Mostram-se preocupados e midiatilizar as suas ações, mas num contexto diferente do terrorismo. Não usam aquela política de que sem mídia não há terrorismo. A ideologia deles está mais para reconfiguração sócio-cultural através da conexão e produção.

Outro ponto interessante é que a reconfiguração está acontecendo dentro do próprio movimento zapatista, que acabou por mudar o seu objetivo final, da defesa dos povos indígenas do México. Agora com a capacidade produtiva ampliada, o exército atinge a toda uma camada de pessoas descontentes com as políticas públicas do país centro-americano.

Decorrente disto, surgiram as Frentes Zapatistas de Libertação Nacional - FZLN, compostas por integrantes da sociedade civil. A Frente Zapatista e o Exército, juntos, publicaram a Sexta Declaração da Selva de Lacandona - um enorme documento, que dividido em três partes, resulta de consultas públicas aos integrantes da sociedade civil e das comunidades indígenas.

A revolução cibernética dos zapatistas mostra que é possível uma revolução pacífica obter resultados positivos. Sem armas, eles vão ganhando cada vez mais adeptos e voltando os olhos da mídia internacional para um lugar e causa que nunca tiveram muito destaque: o México e a batalha do povo indígena daquele país.

No livro Zapatistas - A Velocidade do Sonho, os autores, o escritor Márcio Brige, o jornalista Pedro Ortiz e o fotógrafo Rogério Ferrari, mostram a apropriação das novas tecnologias de comunicação pelos revolucionários e como isto vem reformulando a realidade sócio-política no México. "Zapatistas – a velocidade do sonho (Thesaurus/EntreLivros, 2006, 230p.)".