sexta-feira, 1 de junho de 2007

La otra Campaña - El Ejército Zapatista de Libertación Nacional


O Exército Zapatista de Libertação Nacional - EZLN é um ótimo exemplo de como as inovações tecnológicas remixam a cultura de quaisquer povos. Este grupo revolucionário da região montanhosa de Chiapas no México e que combate a exploração de seu povo pelos Estados Unidos, há cerca de 13 anos não dispara uma única bala. Sua arma: A mídia, principalmente a internet.

Os zapatistas, que têm como base a revolução liderada por Emiliano Zapata, estão reconfigurando a forma de fazer política. Mostram-se preocupados e midiatilizar as suas ações, mas num contexto diferente do terrorismo. Não usam aquela política de que sem mídia não há terrorismo. A ideologia deles está mais para reconfiguração sócio-cultural através da conexão e produção.

Outro ponto interessante é que a reconfiguração está acontecendo dentro do próprio movimento zapatista, que acabou por mudar o seu objetivo final, da defesa dos povos indígenas do México. Agora com a capacidade produtiva ampliada, o exército atinge a toda uma camada de pessoas descontentes com as políticas públicas do país centro-americano.

Decorrente disto, surgiram as Frentes Zapatistas de Libertação Nacional - FZLN, compostas por integrantes da sociedade civil. A Frente Zapatista e o Exército, juntos, publicaram a Sexta Declaração da Selva de Lacandona - um enorme documento, que dividido em três partes, resulta de consultas públicas aos integrantes da sociedade civil e das comunidades indígenas.

A revolução cibernética dos zapatistas mostra que é possível uma revolução pacífica obter resultados positivos. Sem armas, eles vão ganhando cada vez mais adeptos e voltando os olhos da mídia internacional para um lugar e causa que nunca tiveram muito destaque: o México e a batalha do povo indígena daquele país.

No livro Zapatistas - A Velocidade do Sonho, os autores, o escritor Márcio Brige, o jornalista Pedro Ortiz e o fotógrafo Rogério Ferrari, mostram a apropriação das novas tecnologias de comunicação pelos revolucionários e como isto vem reformulando a realidade sócio-política no México. "Zapatistas – a velocidade do sonho (Thesaurus/EntreLivros, 2006, 230p.)".

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